terça-feira, 1 de dezembro de 2009

SIMILIA SIMILIBUS CURANTUR


«Tornaram logo os israelitas a murmurar, pelo que mandou o Senhor contra eles serpentes venenosas, cuja mordedura queimava como fogo. E morrendo muitos com dores atrocíssimas, veio o povo ter com Moisés, e disse: "Pecamos contra o Senhor e contra ti; roga-lhe que nos livre destas serpentes". Anuiu Moisés ao pedido, e o senhor lhe deu a seguinte ordem: - "Faze uma serpente de bronze, e arvora-a no alto de um poste; e todo o que, sendo mordido, olhar para ela, será salvo". Obedeceu Moisés, e todos aqueles que tinham sido feridos, e olharam para a serpente de bronze, ficaram curados." - D. Antônio de Macedo Costa, Resumo da História Bíblica p. 39, pag. 71»
(Arnaldo Quintella e Jayme Poggi - http://pt.wikisource.org/wiki/A_Serpente_de_Bronze)

«Não era a serpente de bronze que curava, mas Deus. Ele só exigiu que os israelitas olhassem para a serpente de bronze para serem curados porque queria ensinar-lhes, como já falamos, a obediência e, em figura, o que Cristo faria mais à frente. Aquela simples serpente de bronze era apenas um meio e um objeto de valor didático para o povo de Israel e para nós hoje. Porém, os israelitas, tendentes à idolatria, endeusaram aquele pedaço de bronze. Assim como aconteceu naqueles dias, acontece muito atualmente, quando, por exemplo, algum cristão idolatra um líder, um conferencista ou um cantor, que nada mais são do que simples bronze e um meio, um canal por onde a graça de Deus flui para alcançar vidas.
Quem cura é Deus. Quem salva é Deus. Quem liberta é Deus. Quem transforma é Deus. Quem toca os corações é Deus. Quem convence é Ele. Entretanto, não é raro muita gente atribuir a Neustã, ao “pedaço de bronze”, a glória que só a Deus pertence.
Quis Deus usar excepcionalmente aquele pedaço de bronze há milhares de anos como condição para a cura, assim como prefere nos usar hoje, apesar de nossas falhas, para a concretização de seus planos. Os anjos queriam realizar a nossa missão, diz o apóstolo Pedro (1Pe 1.12), mas Deus preferiu que fôssemos nós mesmos, simples bronze em Suas mãos. Logo, somos apenas canais usados pela generosidade divina.
Portanto, se é Deus, pela sua graça, que nos usa, não aceitemos os incensos que nos são ofertados, as glórias que nos são lançadas, mas remetamos todas elas a Deus, nosso Senhor, o verdadeiro curador, libertador e abençoador. Quando transformamos um canal em objeto de culto, estamos transformando o simples bronze em um deus. "Neustã" não é Deus. "Neustã" é só "Neustã", um mero pedaço de bronze, que Deus quis usar para trazer, para transmitir algo a alguém.
Como o rei Ezequias, chamemos "Neustã" apenas de "Neustã".
E se "Neustã" está sendo chamado de “deus” em seu coração, coloque fim hoje a esse culto abominável em sua vida, em nome de Jesus.
E você que prega, ensina, canta ou dirige, detendo alguma parcela de liderança e exemplo na obra de Deus, não permita que sejas visto como algo mais do que és: um simples pedaço de bronze nas mãos de Deus.
“E se 'Neustã' já estiver a receber incensos incessantes?” Talvez seja hora de ele ser desfeito, como fez o rei Ezequias com aquela serpente de metal (2Rs 18.4). Talvez seja hora de ser despedaçado e dissolvido pelo fogo de Deus para ganhar uma nova forma, que não lembre mais a antiga, para que não mais entristeçamos o coração de Deus, mas continuemos a ser usados graciosamente por Ele. Isso se queremos, como o rei Ezequias, fazer o que é reto aos olhos do Senhor (2Rs 18.3).
Deixe "Neustã" ser apenas "Neustã" e Deus continuará a ser Deus na sua vida! (in «Deixe "Neustã" ser apenas "Neustã" e Deus será sempre Deus na sua vida» - http://silasdaniel.blogspot.com/2007/08/deixe-neust-ser-apenas-neust-e-deus-ser.html)

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