terça-feira, 1 de dezembro de 2009

A Lei de Amra



«Existe um antigo costume, registrado em vários arquivos místicos, conhecido como Lei de Amra. Essa lei chegou a ser uma doutrina sagrada entre os antigos egípcios e, mais tarde, entre os povos judeus, em suas práticas religiosas. Foi uma lei mística e ainda é uma lei mística, embora alguns tentem deturpá-la em proveito próprio e convertê-la em uma lei puramente material, chamando-a de dízimo.
Esta é a original lei de Amra: se orarmos a Deus ou fizermos um pedido aos Mestres espirituais buscando alguma ajuda especial por causa de algum problema de ordem física, emocional, mental, espiritual ou material, e a prece for ouvida e o pedido concedido, será nossa obrigação fazer alguma compensação, não somente por meio de uma prece de agradecimento, mas, também, levando a outros uma pequena parte do benefício recebido. Se pedirmos melhora de saúde, alívio em algum sofrimento ou mesmo auxílio em negócios ou ascensão social, de acordo com a lei de Amra, deveremos fazer alguma contribuição, separando uma pequena quantidade de dinheiro ou qualquer outra coisa material que possa ser usada para fazer mais feliz alguma outra pessoa ou melhor colocá-la em paz com o mundo. A menos que façamos isso toda vez que recebermos uma bênção por intermédio das Mentes espirituais, não poderemos pedir com justiça, no futuro, quaisquer outras bênçãos.
Essa pequena quantidade de dinheiro, a ser doada, jamais deve ser usada para qualquer propósito pessoal ou egoísta, e, sim, para ajudar algum enfermo, alguma criança ou algum movimento de auxílio ao próximo que esteja realmente realizando uma boa obra. Misticamente, é nosso dever usar essa doação para fazer o bem a outras pessoas, mas de maneira secreta e anônima, e não para parecer que somos bondosos e caritativos, alcançando qualquer espécie de “prestígio” com isso.
Esta é a única e verdadeira lei de Amra, cujo princípio místico não está explicitado na Bíblia e que tem sido distorcida e mal apelidada de dízimo, palavra esta que significa, de acordo com os dicionários, contribuição ou imposto equivalente à décima parte de um rendimento. Imposto? 10%?
Como podemos verificar facilmente, entre a verdadeira lei de Amra e o atual dízimo, entre a mística lei de Amra e as atuais cobranças por auxílios ditos “espirituais”, passaram-se séculos de distorção. Cabem aqui, então, dois textos contidos no Caibalion e atribuídos a Hermes Trismegisto, “O Três Vezes Grande”, como o chamavam os antigos egípcios:

“Os falsos sábios, reconhecendo a irrealidade comparativa do Universo, imaginaram que podiam transgredir as suas Leis: estes tais são vãos e presunçosos loucos; eles se quebram na rocha e são feitos em pedaços pelos elementos, por causa da sua loucura. O verdadeiro sábio, reconhecendo a natureza do Universo, emprega a Lei contra as leis, o superior contra o inferior; e pela Arte da Alquimia transmuta aquilo que é desagradável naquilo que é agradável, e deste modo triunfa. O Domínio não consiste em sonhos anormais, em visões, em vida e imaginações fantásticas, mas sim no emprego das forças superiores contra as inferiores, escapando assim das penas dos planos inferiores pela vibração nos superiores. A Transmutação não é uma denegação presunçosa, é a arma ofensiva do Mestre.” - O Caibalion

“Em qualquer lugar que estejam os vestígios do Mestre, os ouvidos daquele que estiver preparado para receber o seu Ensinamento se abrirão completamente.” - O Caibalion»
(texto do Frater Dana Dean - 1930 in http://www.deldebbio.com.br/index.php/2009/01/12/300000-de-esparta-e-a-lei-de-amra/)

Sem comentários:

Enviar um comentário